sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

ANATOMIA HUMANA

SISTEMA ENDÓCRINO

Conceito anatômico e funcional
As glândulas endócrinas, também chamadas glândulas sem ducto ou glândulas de secreção interna, estão representadas por órgãos relativamente pouco volumosos e localizados em regiões diversas do corpo. Por não possuírem ducto ou ductos excretores, lançam seus respectivos produtores de secreção – hormônios – diretamente na corrente sangüínea. Este fato atesta a solidariedade fisiológica que existe entre elas, isto é, são glândulas hormógenas, que produzem hormônios. Por outro lado, não há nenhuma conexão estrutural demonstrável entre estes órgãos, tal como encontramos, por exemplo, entre os componentes do sistema digestivo ou do sistema respiratório. Portanto, a rigor, não se poderia falar de um sistema endócrino anatômico, embora a expressão seja de uso corrente. Isto não exclui, todavia, o fato de que cada glândula endócrina desenvolve-se em intima relação com um sistema com um sistema orgânico especifico, embora a falta de conexão anatômica entre elas seja obstáculo suficiente para tornar discutível o conceito de sistema endócrino, do ponto de vista anatômico.
Glândulas endócrinas
A elas pertencem a glândula tireóide, paratireóide, supra-renal, pâncreas, hipófise, corpo pineal, ovário e testículo.
Glândula tireóide
Situa-se no plano mediano do pescoço, abraçando parte da traquéia e da laringe. Tem a forma de um H ou de um U, apresentando dois lobos, direito e esquerdo, unidos por uma fita variável de tecido glandular, o istmo.
Glândulas paratireóides
Estão situadas, geralmente, na metade medial da face posterior de cada lobo da glândula tireóide. Seu número varia de 2 a 6 e cada uma delas mede no máximo 6 milímetros.
Glândulas supra-renais
São bilaterais, estando localizadas sobre o pólo superior dos rins onde podem ser facilmente visualizadas. Sua porção central é a medula, e a periférica, o córtex.
Pâncreas
É uma glândula mista. A parte endócrina corresponde às ilhotas pancreáticas (de Langerhans) microscópicas, disseminadas na porção exócrina.
 
Hipófise
É um corpo ovóide, cuja principal porção está situada na fossa hipofisária do osso esfenóide onde, geralmente, permanece após a remoção do cérebro. Faz parte do hipotálamo e está ligada ao cérebro pelo infundíbulo.
Corpo pineal
Também denominado epífise, está localizado abaixo do esplênio do corpo caloso e faz parte do diencéfalo.
Ovário
Modulo III
Testículo
Modulo III
 
SISTEMA NERVOSO
Conceito
As funções orgânicas, bem como a integração do animal no meio ambiente estão na dependência de um sistema especial denominado sistema nervoso. Isto significa que este sistema controla e coordena as funções de todos os sistemas do organismo e ainda, recebendo estímulos aplicados à superfície do corpo animal, é capaz de interpretá-los e desencadear, eventualmente, respostas adequadas a estes estímulos. Assim, muitas funções do sistema nervoso dependem da vontade (caminhar, por exemplo, é um ato voluntário) e muitas outras ocorrem sem que delas tenhamos consciência (a secreção da saliva, por exemplo, ocorre independente da nossa vontade). É fácil verificar que, à medida que subimos na escala zoológica, a complexidade do sistema nervoso aumenta, acompanhando a maior complexidade orgânica dos animais considerados. Seu máximo desenvolvimento é alcançado no homem, pois nesta espécie zoológica , o sistema nervoso responde também por fenômenos psíquicos altamente elaborados.
Divisão do sistema nervoso
Reconhecemos no sistema nervoso duas partes fundamentais que são o sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico. A divisão é topográfica e também funcional, embora as duas porções sejam interdependentes. O sistema nervoso central é uma porção de recepção de estímulos, de comando e desencadeadora de respostas. A porção periférica está constituída pelas vias que conduzem os estímulos ao sistema nervoso central ou que levam até aos órgãos efetuadores as ordens emanadas da porção central. Pode-se dizer que o SNC está constituída por estruturas que se localizam no esqueleto axial (coluna vertebral e crânio): são a medula espinhal e o encéfalo. O sistema nervoso periférico compreende os nervos cranianos e espinhais, os gânglios e as terminações nervosas.
 
 
 
Meninges
O encéfalo e a medula espinhal são envolvidos e protegidos por laminas (ou membranas) de tecido conjuntivo chamadas, em conjunto, meninges. Estas lâminas são, de fora para dentro: a dura-máter, a aracnóide e o pia-máter. A dura-máter é a mias espessa delas e a pia-máter a mais fina. Esta última está intimamente aplicada ao encéfalo e à medula espinhal. Entre as duas está a aracnóide, da qual partem fibras delicadas que vão ter à pia-máter, constituindo uma rede semelhante a uma teia de aranha. A aracnóide é separada da dura-máter por um espaço capilar denominado espaço subdural e da pia-máter pelo espaço subaracnóide, onde circula o líquido cérebro-espinhal (ou líquor).
Sistema nervoso central
Para melhor compreender as partes que constituem o SNC é preciso partir de sua origem embriológica.
Vesículas primordiais
O SNC origina-se do tubo neural que, na sua extremidade cranial, apresenta três dilatações denominadas vesículas primordiais: o prosencéfalo, o mesencéfalo e o rombencéfalo. O restante do tubo é a medula primitiva.
A cavidade ou luz do tubo neural existe também nas vesículas primordiais.
a) Prosencéfalo – Com o decorrer do desenvolvimento, as porções laterais do prosencéfalo aumentam desproporcionalmente e acabam por recobrir a porção central, originando o telencéfalo e o diencéfalo. A luz expande-se também lateralmente, acompanhando o grande desenvolvimento do telencéfalo.
b) Mesencéfalo – O mesencéfalo desenvolve-se sem subdividir-se e sua luz permanece como um canal estreitado.
c) Rombencéfalo – O rombencéfalo subdivide-se em metencéfalo e mielencéfalo. Neste último a luz se dilata, como dilatada se apresenta também no telencéfalo e (menos) no diencéfalo.
Partes do sistema nervoso central
Destas transformações das vesículas primordiais, originam-se as partes mais importantes do sistema nervoso central:
o telencéfalo e diencéfalo originam o cérebro, sendo que os chamados hemisférios cerebrais são de origem telencefálica.
o mesencéfalo permanece, com a mesma denominação, como uma parte do SNC;
o metencéfalo origina o cerebelo e a ponte;
o mielencéfalo origina o bulbo;
o restante do tubo neural primitivo, origina a medula primitiva e esta a medula espinhal.
O mesencéfalo , a ponte e o bulbo, em conjunto, constituem o tronco encefálico. Somente um corte mediano que separa os hemisférios cerebrais pode demonstrar a presença das estruturas que constituem o diencéfalo. No cérebro inteiro, o diencéfalo está recoberto pelos hemisférios cerebrais que derivam do telencéfalo.
 
 
 
Ventrículos encefálicos e suas comunicações
Nas transformações sofridas pelas vesículas primordiais, a luz do tubo neural primitivo permanece e apresenta-se dilatada em algumas das subdivisões daquelas vesículas, constituindo os chamados ventrículos que se comunicam entre si:
a luz do telencéfalo corresponde aos ventrículos laterais (direito e esquerdo);
a luz do diencéfalo corresponde ao III ventrículo. Os ventrículos laterais comunicam-se livremente com o III ventrículo através do forame interventricular;
a luz do mesencéfalo é um canal estreitado, o aqueduto cerebral, o qual comunica o III ventrículo com o IV ventrículo;
a luz do rombencéfalo corresponde ao IV ventrículo; este é continuado pelo canal central da medula e se comunica com o espaço subaracnóide.
Líquor
No espaço subaracnóide e nos ventrículos circula um líquido de composição química pobre em proteínas, denominado líquido cérebro-espinhal ou simplesmente líquor, sendo uma de suas mais importantes funções proteger o SNC, agindo como amortecedor de choques. O líquor pode ser retirado e o estudo de sua composição pode ser valioso para o diagnostico de muitas doenças. É produzido em formações especiais – plexos corióides – situados no assoalho dos ventrículos laterais e no teto do III e IV ventrículos.
Divisão anatômica
Em síntese, a divisão anatômica do sistema nervoso pode ser acompanhada na seguinte chave:
Cérebro
Encéfalo Cerebelo
Mesencéfalo
Tronco encefálico Ponte
Sist. Nervoso Bulbo
Central
Medula
Sistema
Nervoso
Nervos
Sist. Nervoso
Periférico Gânglios
Terminações nervosas
A maior parte do encéfalo corresponde ao cérebro. Na superfície dos dois hemisférios cerebrais apresentam-se sulcos que delimitam giros. O cérebro pode ser dividido em lobos, correspondendo cada um, ao osso do crânio com que guardam relações. Assim temos um lobo frontal, occipital, parietal e temporal. Do tronco encefálico originam-se 12 pares de nervos, denominados cranianos, que saem pela base do crânio através de forames ou canais. Da medula, por sua vez originam-se 31 pares de nervos espinhais que abandonam a coluna vertebral através de forames denominados intervertebrais.
Disposição das substâncias branca e cinzenta no sistema nervoso central
A observação atenta de um corte de encéfalo ou de medula, permite reconhecer áreas claras e áreas escuras que representam, respectivamente, o que se chama de substância branca e substância cinzenta. A primeira está constituída, predominantemente, de fibras nervosas mielínicas e a segunda de corpos de neurônio.
Na medula, a substância cinzenta forma um eixo central continuo envolvido por substância branca. Em corte transversal vê-se que a substância cinzenta apresenta a forma de um H ou de borboleta, onde se reconhecem as colunas anterior e posterior, substância intermédia central e lateral e, em parte da medula, a chamada coluna lateral.
O tronco encefálico, no que diz respeito à estrutura, guarda alguma semelhança com a medula, mas difere em vários aspectos. A substância cinzenta, que na medula é um todo continuo, apresenta-se, no tronco encefálico, fragmentada no sentido longitudinal, antero-posterior e látero-lateral. Formam-se, assim, massas isoladas de substância cinzenta que constituem os núcleos dos nervos cranianos e outros núcleos próprios do tronco encefálico. Deste modo uma nova conceituação pode ser feita aqui: um núcleo, no sistema nervoso central, é um acúmulo de corpos neuronais com aproximadamente, a mesma estrutura e função.
Cérebro e cerebelo, nos seus aspectos mais gerais, apresentam um plano estrutural comum. Nele pode-se reconhecer uma massa de substância branca, revestida externamente por uma fina camada de substância cinzenta – córtex cerebral (no cérebro) ou córtex cerebelar (no cerebelo) – e tendo no centro massas de substância cinzenta constituindo os núcleos centrais (no cerebelo) ou os núcleos da base (no cérebro).
Como foi dito, a substância branca, em qualquer nível do SNC está constituída predominantemente de fibras nervosas mielínicas. Estas representam as vias pelas quais os impulsos percorrem as diversas áreas do SNC e se organizam formando os chamados tractos e fascículos.
Sistema nervoso periférico
Na divisão do sistema nervoso, foram incluídos, como parte do sistema nervoso periférico, as terminações nervosas, gânglios e nervos. Preliminarmente, deve-se ressaltar o fato de que as fibras de um nervo são classificadas de acordo com as estruturas que inervam, isto é, conforme sua função. Por esta razão, diz-se que um nervo possui componentes funcionais. Assim, uma fibra que estimula ou ativa a musculatura é chamada motora e a que conduz estímulos para o SNC é sensitiva. As fibras motoras veiculam ordens emanadas do SNC e, portanto, em relação a ele, são ditas eferentes (que saem do SNC); as sensitivas veiculam impulsos que devem chegar ao SNC e são, portanto, aferentes (que chegam ao SNC). Esta classificação das fibras nervosas em motoras (eferentes) e sensitivas (aferentes) é apenas esquemática: classificação mais minudente deve ser feita para estudos de maior complexidade do sistema nervoso.
Terminações nervosas
Existem na extremidade de fibras sensitivas e motoras. Nestas últimas, o exemplo mais típico é a placa motora. Nas primeiras, as terminações nervosas são estruturas especializadas para receber estímulos físicos ou químicos na superfície ou no interior do corpo. Assim os cones e bastonetes da retina são estimulados apenas pelos raios luminosos; os receptores do ouvido apenas por ondas sonoras; os gustativos por substâncias químicas capazes de determinar as sensações de doce, azedo, amargo etc.; na pele e nas mucosas existem receptores especializados para os agentes causadores do calor, frio, pressão e tato, enquanto que as sensações dolorosas são captadas por terminações nervosas livres, isto é, não há uma estrutura receptora especializada para este tipo de estímulo. Quando os receptores sensitivos são estimulados originam impulsos nervosos que caminham pelas fibras em direção ao SNC.
Gânglios
Vimos que acúmulos de corpos celulares de neurônios dentro do SNC são denominados núcleos. Quando estes acúmulos ocorrem fora do SNC eles são chamados gânglios e apresentam-se, geralmente, como uma dilatação.
Nervos
São cordões esbranquiçados formados por fibras nervosas unidas por tecido conjuntivo e que têm como função levar (ou trazer) impulsos ao (do) SNC. Distinguem-se dois grupos: os nervos cranianos e os espinhais.
Nervos cranianos
São 12 pares de nervos que fazem conexão com o encéfalo. A maioria deles (10) origina-se no tronco encefálico. Além do seu nome os nervos cranianos são também denominados por números em seqüência crânio-caudal. A relação abaixo apresenta o nome e o número correspondente a cada um dos pares cranianos:
I – Olfatório
II – Óptico
III – Óculomotor
IV – Troclear
V – Trigêmeo
VI – Abducente
VII – Facial
VIII – Vestíbulo-coclear
IX – Glossofaríngeo
X – Vago
XI – Acessório
XII – Hipoglosso
Há uma acentuada variação entre eles no que se refere aos componentes funcionais, tornando-os muito mais complexos do que os nervos espinhais. Alguns nervos cranianos possuem um gânglio, outros têm mais de um e outros, ainda, não têm nenhum. Uma visão muito simplificada do destino destes nervos é dada a seguir:
O nervo olfatório é puramente sensitivo e ligado à olfação, como o nome indica, iniciando-se em terminações nervosas situadas na mucosa nasal.
O nervo óptico, também sensitivo, origina-se na retina e está relacionado com a percepção visual.
Os nervos óculomotor, troclear e abducente inervam músculos que movimentam o olho, sendo que o III par é também responsável pela inervação de músculos chamados intrínsecos do olho, como o músculo esfíncter da íris (que fecha a pupila) e o músculo ciliar (que controla a forma da lente).
O nervo trigêmeo é predominantemente sensitivo, sendo responsável pela sensibilidade somática de quase toda a cabeça. Um pequeno contingente de fibras é motor, inervando a musculatura mastigadora, isto é, músculos que movimentam a mandíbula.
Os nervos facial, glossofaríngeo e vago – são altamente complexos no que se refere aos componentes funcionais, estando relacionadas à sensibilidade gustativa e de vísceras, além de inervar glândulas, musculatura lisa e esquelética. O nervo vago é um dos nervos cranianos mais importantes pois inerva todas as vísceras torácicas e a maioria das abdominais.
O nervo vestíbulo-cocelar é puramente sensitivo, constituído de duas porções: a porção cocelar está relacionada com os fenômenos da audição e a porção vestibular com o equilíbrio.
O nervo acessório inerva músculos esqueléticos, porém, parte de suas fibras acola-se ao vago e com ele é distribuída.
O nervo hipoglosso inerva os músculos que movimentam a língua, sendo, por isso, considerado como o nervo motor da língua.
Nervos espinhais
Os 31 pares de nervos espinhais mantêm conexão com a medula e abandonam a coluna vertebral através de forames intervertebrais. Ora, a coluna pode ser dividida em porções cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea; da mesma maneira, reconhecemos nervos espinhais que são cervicais, torácicos, lombares, sacrais e coccígenos.
Formação do nervo espinhal – O nervo espinhal é formado pela fusão de duas raízes: uma ventral e outra dorsal. A raiz ventral possui apenas fibras motoras (eferentes), cujos corpos celulares estão situados na coluna anterior da substância cinzenta da medula. A raiz dorsal possui fibras sensitivas (aferentes) cujos corpos celulares estão situados no gânglio sensitivo da raiz dorsal, que se apresenta como uma porção dilatada da própria raiz. A fusão das raízes sensitiva e motora resulta no nervo espinhal. Isto significa que o nervo espinhal é sempre misto, isto é, está constituído de fibras aferentes e eferentes.
Distribuição dos nervos espinhais – Logo após a fusão das raízes ventral e dorsal o nervo espinhal se divide em dois ramos: ventral (mais calibroso), e dorsal (menos calibroso). Os ramos dorsais inervam a pele e os músculos do dorso; os ventrais são responsáveis pela inervação dos membros e da porção antero-lateral do tronco.
Formação dos plexos nervosos – Os ramos ventrais que inervam a parede torácica e abdominal permanecem relativamente isolados ao longo de toso o seu trajeto. Nas regiões cervical (pescoço) e lombo-sacral, porém, os ramos ventrais entremeiam-se para formar os chamados plexos nervosos, dos quais emergem nervos terminais.
Observe este fato: como são vários os ramos ventrais que participam da formação de um plexo, devido às inúmeras interligações existentes nesta estrutura, as fibras de uma mesma raiz ventral podem se distribuir em vários nervos terminais do plexo. Assim, como regra geral, pode-se afirmar que as fibras de cada nervo espinhal que participa da formação de um plexo, contribuem para constituir diversos nervos que emergem do plexo e cada nervo terminal contém fibras provenientes de diversos nervos espinhais.

ANATOMIA HUMANA

SISTEMA CIRCULATÓRIO

A função básica do sistema circulatório é a de levar material nutritivo e oxigênio às células. Assim, o sangue circulante transporta material nutritivo que foi absorvido pela digestão dos alimentos as células de todas as partes dos organismos. Da mesma forma o oxigênio que é incorporado ao sangue, quando circula pelos pulmões, será levado a todas as células. Além dessa função primordial o sangue circulante transporta também os produtos residuais ao metabolismo, desde os lugares onde foram produzidos até os órgãos encarregados de os eliminar. O sangue possui ainda células especializadas na defesa orgânica contra substâncias estranhas e microorganismos. Para que o sangue possa circular, o sistema de condução é fechado e há um órgão central – o coração – que funciona como uma bomba contrátil-propulsora. Por meio de permeabilidade seletiva, que se processa através de fenômenos físico-químicos complexos, material nutritivo e oxigênio passam dos capilares para os tecidos, e os produtos do resíduo metabólico passam dos tecidos para os capilares.
Divisão:
a) sistema sanguífero: cujos componentes são os vasos condutores do sangue (artérias, veias e capilares) e o coração (o qual pode ser considerado um vaso modificado).
b) sistema linfático: formado pelos vasos condutores da linfa (capilares linfáticos, vasos linfáticos e troncos linfáticos) e por órgãos linfóides (linfonodos e tonsilas);
c) órgãos hemopoíeticos: representado pela medula óssea e órgãos linfóides (baço e timo).
Coração: é um órgão muscular, oco, que funciona como uma bomba contrátil-propulsora. O tipo muscular que forma o coração é de tipo especial – tecido muscular estriado cardíaco – e constitui sua camada média ou miocárdio forrado internamente o miocárdio existe o endotélio, o qual é contínuo com a camada íntima dos vasos que chegam ou saem do coração. Esta camada interna recebe o nome de endocárdio. Externamente ao miocárdio, há uma serosa revestindo-o, denominada epicárdio. A cavidade do coração é subdividida em quatro câmaras (dois átrios e dois ventrículos) e entre átrios e ventrículos existem orifícios com dispositivos orientadores da corrente sangüíneos – são as valvas.
Forma: o coração tem forma aproximada de um cone truncado, apresentando uma base, um ápice e faces (esternocostal, diafragmática e pulmonar).
Situação: o coração fica situado na cavidade torácica, atrás do externo, acima do músculo diafragma sobre o qual em parte repousa, no espaço compreendido entre os dois sacos pleurais (mediastino). Sua maior porção se encontra à esquerda no plano mediastino. O coração fica disposto obliquamente de tal forma que a base é medial e o ápice lateral.
Morfologia interna: quando as paredes do coração são abertas verifica-se que a cavidade cardíaca apresenta septos que subdivide a cavidade em 4 câmaras. O septo horizontal – septo átrio ventricular divide o coração em duas porções superior e inferior. A porção superior apresenta o septo sagital - septo inter atrial, que divide em duas câmaras: átrios direito e esquerdo. Cada átrio possui um apêndice: a aurícula.
A porção inferior apresenta também um septo sagital – septo inter ventricular que a divide em duas câmaras: os ventrículos direito e esquerdo. O septo possui dois orifícios um à direita e outro à esquerda, possibilitando assim a comunicação entre AD-VD e AE-VE. Os ostios são providos de valvas que permitam somente a passagem do sangue dos átrios para os ventrículos. A valva direita é a tricúspide e a esquerda a mitral. Estas valvas são presas a cordas tendíneas que prendem a valva a músculos papilares para que não ocorra a eversão da válvula para o átrio durante a sístole ventricular.
SISTEMA DE CONDUÇÃO
A atividade cardíaca é feita da n. vago (que atua inibindo) e do simpático (que atua estimulando). Esses nervos agem sobre uma formação situada na parede do átrio direito – o nodo ou nó sinu-atrial, considerado como o "marca passos" do coração, e se propaga pelo coração através do nó átrio ventricular.
Tipos de circulação:
- Circulação Pulmonar: tem inicio no ventrículo direito onde nasce o tronco pulmonar, segue pelo tronco pulmonar que se bifurca em artéria pulmonar direita e esquerda que vai para os pulmões. Após sofrer hematose o sangue volta para o coração pelas 4 veias pulmonares no átrio esquerdo.
- Circulação Sistêmica: tem inicio no ventrículo esquerdo com a artéria aorta, de onde o sangue é bombeado para a rede de capilares dos tecidos de todo organismo. Após as trocas o sangue retorna pelas veias superior e inferior ao átrio direito.
Artérias: são cubos cilindróides, elásticos, nos quais o sangue circula, podem ser classificadas em artérias de grande, médio e pequeno calibre e arteríolas levando em consideração a sua estrutura e função as artérias classificam-se em elásticas ou de grande calibre (ex.: aorta, tronco braquiocefálico, subclávia); distribuidoras (ou musculares) ou de tamanho médio (maioria das artérias do corpo); arteríolas, são os menores ramos.
- ramos terminais: quando a ateria dá ramos e o tronco principal deixa de existir por causa dessa divisão (bifurcação). Ex.: artéria braquial que ao nível do cotovelo bifurca-se em duas outras: artéria radial e ulnar.
- ramos colaterais: é quando a artéria emite ramos e o tronco principal continua a existir.
Veias: são maiores do que as artérias em maior número tem parede mais fina, são normalmente mais superficiais, têm maior calibre que as artérias podendo quadruplicar seu diâmetro.
A presença de válvulas é uma das principais características das veias, embora haja exceções, pois estão ausentes nas veias do cérebro e algumas veias do tronco e do pescoço.
A insuficiência de muitas válvulas de uma mesma veia provoca sua dilatação e conseqüentemente estase sangüínea, tal fato é conhecido com o nome de varizes.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
A respiração consiste na absorção pelo organismo de oxigênio e a eliminação do gás carbônico resultante de oxidações celulares.
Didática e funcionalmente o sistema respiratório está dividido em duas partes:
porção de condução
porção de respiração
À primeira porção pertencem os órgãos tubulares cuja função é levar o ar inspirado até a porção respiratória, representada pelos pulmões, e destes conduzir o ar expirado, eliminando o CO2. Assim dos pulmões o ar é expirado e conduzido pelos brônquios traquéia, órgãos que realmente funcionam como tubos condutores de ar. Acima destes, entretanto situam-se a laringe, a faringe e o nariz que não são apenas condutores aeríferos. Assim a laringe é também um órgão responsável pela fonação, a faringe está relacionada com o sistema digestivo; parte dela servindo de tubo condutor de alimento; e o nariz apresenta porções que cumprem função olfatória.
Nariz:
- nariz externo: é visível externamente no plano mediano da face, apresentando-se no homem, como uma pirâmide triangular em que a extremidade superior corresponde ao vértice da pirâmide e é denominado raiz, e a inferior base. Nesta encontra-se as duas aberturas em fendas, as narinas, separadas por um septo e que comunicam o meio externo com a cavidade nasal. O ponto mais projetado anteriormente, da base do nariz recebe o nome de ápice e entre ele e a raiz estende-se o dorso do nariz. O esqueleto do nariz é osteo-cartilagíneo.
- cavidade nasal : comunica-se com o meio externo através das narinas, situadas anteriormente, e com a porção nasal posteriormente através das coanas. Na verdade, as coanas marcam o limite entre a cavidade nasal e a porção nasal da faringe.
A cavidade nasal é dividida em direita e esquerda pelo septo nasal.
O septo nasal apresenta-se quase sempre desviado para direita ou para esquerda e grandes desvios podem dificultar a respiração.
Está constituído por partes cartilaginosa (cartilagem do septo nasal) e óssea (lâmina apendicular do osso vômer).
A partir do osso etmóide encontra-se as conchas e meatos nasais. As conchas nasais existem para aumentar a superfície da mucosa da cavidade nasal pois é esta superfície mucosa que umedece e aquece o ar inspirado.
A cavidade nasal pode ser dividida em vestíbulo, região respiratória e região olfatória. O vestíbulo segue-se imediatamente às narinas, compreendendo uma pequena dilatação revestida de pele apresentando pelos. Ao vestíbulo segue-se as regiões respiratórias e olfatoria recobertas por mucosa. A região olfatória é bastante reduzida no homem, restringindo-se a conha superior e 1/3 superior do septo nasal. Desta região partem as fibras nervosas que em conjunto, constituem o nervo olfatório e que atravessam as aberturas da lâmina crivosa do osso etmóide.
Convém ressaltar que a mucosa da cavidade nasal é extremamente vascularizada, particularmente na porção anterior do septo nasal que freqüentemente é sede de hemorragias nasais (epistaxe).
- seios paranasais:
Alguns ossos do crânio entre eles o frontal, a maxilar, o esfenóide e o etmóide, apresentam cavidades denominadas seios paranasais cujas funções são obscuras embora muitas teorias tenham sido propostas para esclarecê-las.
As paredes ósseas que separam os seios paranasais das cavidades assinaladas são muito finas, podendo ser rompidas em processos patológicos.
Faringe
É um tubo muscular associado a dois sistemas : respiratório e digestivo, situando-se posteriormente à cavidade nasal, bucal e à laringe, reconhecendo-se nela, por esta razão, três partes: parte nasal, superior que se comunica com a cavidade nasal através das coanas; parte bucal, média comunicando-se com a cavidade bucal propriamente dita por uma abertura denominada istmo da garganta; parte laríngica, inferior situada posteriormente pelo esôfago. Não existe limites precisos entre as três partes da faringe, trata-se de um canal que é comum à passagem do alimento ingerido e do ar inspirado.
Laringe
É um órgão tubular, situado no plano mediano e anterior do pescoço que além da via aerífera é órgão de fonação, ou seja, de produção de som. Coloca-se anteriormente à faringe e é continuada diretamente pela traquéia.
- esqueleto da laringe: é formada por cartilagem e a maior delas é a tireóide, também de grande importância encontramos a cartilagem cricóide, a aritenóide e a epiglótica.
- cavidade da laringe: quando se observa em corte sagital, o que chama a atenção de imediato é a presença de uma fenda antero-posterior que leva a uma pequena invaginação, o ventrículo da laringe. Esta fenda está delimitada por duas pregas: uma superior a prega vestibular e outra inferior a prega vocal. As pregas vocais são constituídas pelo ligamento e músculos vocais, revestidos por mucosa, e o espaço existente entre elas é denominado rima glótica. Para que se produza o som laríngeo, ao nível das pregas vocais, a laringe possui numerosos músculos, denominados músculos intrínsecos da laringe que podem aduzir ou abduzir as pregas vocais que interfere na tonalidade do som produzido.
Traquéia e brônquios
A laringe segue-se à traquéia, estrutura cilindróide constituída por uma serie de anéis cartilagíneos incompletos, em forma de C, sobrepostos e ligados entre si pelos ligamentos anulares. A parede posterior, desprovida de cartilagem, constituem a parede membranácea da traquéia que apresenta musculatura lisa o músculo traqueal. A cartilagem proporciona rigidez suficiente para evitar que entre em colapso. A traquéia tem um ligeiro desvio para direita próximo a sua extremidade inferior,m antes de dividir-se em dois brônquios principais , D e E, que apresentam estruturas semelhantes à da traquéia e são também denominados brônquios de primeira ordem. Cada brônquio principal da origem aos brônquios lobares ou de segunda ordem, que ventilam os lobos pulmonares. Estes dividem-se em brônquios segmentares ou de terceira ordem, que vão ter aos segmentares sofrem ainda sucessivas divisões antes de terminarem nos alvéolos pulmonares.
Pleura e pulmão
Os pulmões direito e esquerdo, são órgãos principais da respiração e estão contidos na cavidade torácica. Cada pulmão esta envolto por um saco seroso completamente fechado, a pleura, que apresenta dois folhetos: a flora pulmonar que reveste a superfície do pulmão e matem continuidade com a pleura parietal que recebe a face interna da parede do tórax. Entre as pleuras há um espaço virtual, a cavidade da pleura, contendo uma película de líquido de espessura capilar que permite o livre deslizamento de um folheto sobre outro nas constantes variações de volume dos pulmões .
Os pulmões são órgãos em forma cônica apresentando um ápice (superior), uma base e duas faces: costal (em relação com as costelas) e medial (voltadas para o mediastino). A base descansa sobre o mediastino, e temos aí a face diafragmática. Os pulmões dividem-se em lobos cujo numero é de 3 para o direito e 2 para o esquerdo. No homem os lobos do pulmão direito: superior, médio e inferior, são separados entre si por fendas profundas, as fissuras obliquas e horizontal. Já o pulmão esquerdo com seus dois lobos superior e inferior apresenta apenas a fissura obliqua.
Na sua face medial cada pulmão apresenta uma fenda em forma de raquete, o hilo do pulmão, pelo qual entram ou saem brônquios, vasos e nervos pulmonares, constituindo a raiz do pulmão.
SISTEMA DIGESTÓRIO
Para que o organismo se mantenham vivo e funcionante é necessário que ele receba um suprimento constante de material nutritivo. Muitos dos alimentos ingeridos precisam ser tornado solúveis e sofrer modificações químicas para que sejam absorvidos e assimilados, nisto consistindo a digestão. Assim sua funções são as de preensão dos alimentos e a expulsão dos resíduos.
Divisão do sistema digestivo
Reconhecemos no sistema digestivo um canal alimentar e órgãos anexos.
O canal alimentar inicia-se na cavidade bucal, continuando-se na faringe, esôfago, estomago, intestinos (delgado e grosso) para termina no reto, que se abre no meio externo através do anus. Entre os órgãos anexos incluem-se as glândulas salivares, o fígado e o pâncreas.
Boca
É limitada pelos lábios, a rima bucal e posteriormente coma parte bucal da faringe, lateralmente pelas bochechas, superiormente pelo palato e inferiormente por músculos que constituem ao assoalho da boca. Nesta cavidade fazem saliência as gengivas, os dentes e a língua.
Palato
O teto da cavidade bucal está constituída pelo palato e neste reconhecemos o palato duro anterior e ósseo e o palato mole posterior e muscular. O palato separa a cavidade nasal da cavidade bucal. Do palato mole, no plano mediano projeta-se uma saliência cônica, a úvula e posteriormente duas pregas denominadas arco palatoglosso (mais anterior) e arco palatofaríngeo, e entre os arcos há uma fossa tonsilas onde fica a tonsila palatina.
Língua
É um órgão muscular revestido por mucosa e que exerce importantes funções na mastigação, na deglutição, como órgão gustativo e na articulação da palavra. O dorso da língua possui o sulco terminal e as papilas linguais onde a maior delas são as papilas valadas.
Dentes
Implantados em cavidades da maxila e da mandíbula, denominados alvéolos dentários. No homem adulto há 32 dentes, sendo 8 incisivos, 4 caninos, 8 pré-molares e 12 molares. A dentição primaria "de elite" com 20 dentes tem inicio a partir dos 6 meses de idade.
Glândulas salivares
São responsáveis pela secreção de saliva e apesar de numerosas, só nos interessam as chamadas extraparietais que compreendem 3 pares de glândulas: parótidas, submandibulares e sublinguais.
- glândula parótida: localizada lateralmente na face e anteriormente ao pavilhão do ouvido. Seu canal excretor, o ducto parotídico, abre-se no vestíbulo da boca ao nível do 2º molar superior. O seu processo infeccioso (parotidite) é conhecido com o nome de caxumba.
- glândula submandibular: localiza-se inferiormente à parte mais inferior da parótida, protegida pelo corpo da mandíbula. O ducto submandibular.
- glândula sublingual: é a menor das três, situando-se lateral e inferiormente a língua sob a mucosa que reveste o assoalho da boca.
Faringe
A musculatura da faringe é estriada na deglutição o palato mole é elevado bloqueando a continuidade entre a parte nasal da faringe e o restante desse tubo muscular. Desse modo o alimento é impedido de passar à nasofaringe e , eventualmente de penetrar na cavidade nasal. Por outro lado a cartilagem epiglótica fecha a adito da laringe, evitando que o alimento penetre no trato respiratório.
Esôfago
É um tubo muscular que continua a laringe e é continuado pelo estômago. No tórax o esôfago situa-se ventralmente à coluna vertebral e dorsalmente à traquéias. Para empurrar o bolo alimentar ele realiza movimentos peristálticos.
Estômago
É uma continuidade do esôfago logo abaixo do diafragma com sua maior porção à esquerda do plano mediano. Apresenta dois orifícios: um proximal de comunicação com o esôfago o óstio cárdico, e outro distal, óstio pilórico, que se comunica com a porção inicial do intestino delgado o duodeno, estes óstios formam um mecanismo de abertura e fechamento para regular entrada e saída de alimentos formado pelo piloro e pela cárdia. Descrevem-se no estômago as seguintes partes: parte cárdica, fundo, corpo, parte pilórica.
Intestino delgado
Subdivide-se em três segmentos: duodeno, jejuno e íleo.
No duodeno desembocam os ductos colédoco (que traz a bile) e pancreático (que traz a secreção pancreática).
O jejuno por não ter limite nítido com íleo pode ser descrito em conjunto como jejuno-ileo é a porção móvel do intestino delgado terminando no inicio do intestino grosso onde se abre pelo ostio-ileo-cecal.
Intestino grosso
É a porção terminal do canal alimentar sendo mais calibroso e mais curto que o intestino delgado e é subdividido da seguinte forma: cécum, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide, reto.
Fígado
É o mais volumoso órgão da anatomia, localizando-se imediatamente abaixo do diafragma e a direita, embora uma pequena porção ocupe também a metade esquerda do abdome. Trata-se de uma glândula que interfere no metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas, seja secretando a bile e participando dos mecanismos de esfera. Duas faces são descritas no órgão: diafragmática e visceral. Nesta face distinguem-se quatro lobos: direito, esquerdo, quadrado e caudado.
Entre o lobo direito e o lobo quadrado se situa a vesícula biliar.
Pâncreas
Depois do fígado é a glândula anexa mais volumosa do sistema digestivo. Situa-se posteriormente ao estomago, em posição retroperitoneal, estando portanto fixada a parede abdominal posterior, possui cabeça, corpo e cauda. É uma glândula endócrina e exócrina. A secreção endócrina é a insulina e a exócrina o suco pancreático que é liberado no duodeno.

ANATOMIA HUMANA

SISTEMA CIRCULATÓRIO
A função básica do sistema circulatório é a de levar material nutritivo e oxigênio às células. Assim, o sangue circulante transporta material nutritivo que foi absorvido pela digestão dos alimentos as células de todas as partes dos organismos. Da mesma forma o oxigênio que é incorporado ao sangue, quando circula pelos pulmões, será levado a todas as células. Além dessa função primordial o sangue circulante transporta também os produtos residuais ao metabolismo, desde os lugares onde foram produzidos até os órgãos encarregados de os eliminar. O sangue possui ainda células especializadas na defesa orgânica contra substâncias estranhas e microorganismos. Para que o sangue possa circular, o sistema de condução é fechado e há um órgão central – o coração – que funciona como uma bomba contrátil-propulsora. Por meio de permeabilidade seletiva, que se processa através de fenômenos físico-químicos complexos, material nutritivo e oxigênio passam dos capilares para os tecidos, e os produtos do resíduo metabólico passam dos tecidos para os capilares.
Divisão:
a) sistema sanguífero: cujos componentes são os vasos condutores do sangue (artérias, veias e capilares) e o coração (o qual pode ser considerado um vaso modificado).
b) sistema linfático: formado pelos vasos condutores da linfa (capilares linfáticos, vasos linfáticos e troncos linfáticos) e por órgãos linfóides (linfonodos e tonsilas);
c) órgãos hemopoíeticos: representado pela medula óssea e órgãos linfóides (baço e timo).
Coração: é um órgão muscular, oco, que funciona como uma bomba contrátil-propulsora. O tipo muscular que forma o coração é de tipo especial – tecido muscular estriado cardíaco – e constitui sua camada média ou miocárdio forrado internamente o miocárdio existe o endotélio, o qual é contínuo com a camada íntima dos vasos que chegam ou saem do coração. Esta camada interna recebe o nome de endocárdio. Externamente ao miocárdio, há uma serosa revestindo-o, denominada epicárdio. A cavidade do coração é subdividida em quatro câmaras (dois átrios e dois ventrículos) e entre átrios e ventrículos existem orifícios com dispositivos orientadores da corrente sangüíneos – são as valvas.
Forma: o coração tem forma aproximada de um cone truncado, apresentando uma base, um ápice e faces (esternocostal, diafragmática e pulmonar).
Situação: o coração fica situado na cavidade torácica, atrás do externo, acima do músculo diafragma sobre o qual em parte repousa, no espaço compreendido entre os dois sacos pleurais (mediastino). Sua maior porção se encontra à esquerda no plano mediastino. O coração fica disposto obliquamente de tal forma que a base é medial e o ápice lateral.
Morfologia interna: quando as paredes do coração são abertas verifica-se que a cavidade cardíaca apresenta septos que subdivide a cavidade em 4 câmaras. O septo horizontal – septo átrio ventricular divide o coração em duas porções superior e inferior. A porção superior apresenta o septo sagital - septo inter atrial, que divide em duas câmaras: átrios direito e esquerdo. Cada átrio possui um apêndice: a aurícula.
A porção inferior apresenta também um septo sagital – septo inter ventricular que a divide em duas câmaras: os ventrículos direito e esquerdo. O septo possui dois orifícios um à direita e outro à esquerda, possibilitando assim a comunicação entre AD-VD e AE-VE. Os ostios são providos de valvas que permitam somente a passagem do sangue dos átrios para os ventrículos. A valva direita é a tricúspide e a esquerda a mitral. Estas valvas são presas a cordas tendíneas que prendem a valva a músculos papilares para que não ocorra a eversão da válvula para o átrio durante a sístole ventricular.
SISTEMA DE CONDUÇÃO
A atividade cardíaca é feita da n. vago (que atua inibindo) e do simpático (que atua estimulando). Esses nervos agem sobre uma formação situada na parede do átrio direito – o nodo ou nó sinu-atrial, considerado como o "marca passos" do coração, e se propaga pelo coração através do nó átrio ventricular.
Tipos de circulação:
- Circulação Pulmonar: tem inicio no ventrículo direito onde nasce o tronco pulmonar, segue pelo tronco pulmonar que se bifurca em artéria pulmonar direita e esquerda que vai para os pulmões. Após sofrer hematose o sangue volta para o coração pelas 4 veias pulmonares no átrio esquerdo.
- Circulação Sistêmica: tem inicio no ventrículo esquerdo com a artéria aorta, de onde o sangue é bombeado para a rede de capilares dos tecidos de todo organismo. Após as trocas o sangue retorna pelas veias superior e inferior ao átrio direito.
Artérias: são cubos cilindróides, elásticos, nos quais o sangue circula, podem ser classificadas em artérias de grande, médio e pequeno calibre e arteríolas levando em consideração a sua estrutura e função as artérias classificam-se em elásticas ou de grande calibre (ex.: aorta, tronco braquiocefálico, subclávia); distribuidoras (ou musculares) ou de tamanho médio (maioria das artérias do corpo); arteríolas, são os menores ramos.
- ramos terminais: quando a ateria dá ramos e o tronco principal deixa de existir por causa dessa divisão (bifurcação). Ex.: artéria braquial que ao nível do cotovelo bifurca-se em duas outras: artéria radial e ulnar.
- ramos colaterais: é quando a artéria emite ramos e o tronco principal continua a existir.
Veias: são maiores do que as artérias em maior número tem parede mais fina, são normalmente mais superficiais, têm maior calibre que as artérias podendo quadruplicar seu diâmetro.
A presença de válvulas é uma das principais características das veias, embora haja exceções, pois estão ausentes nas veias do cérebro e algumas veias do tronco e do pescoço.
A insuficiência de muitas válvulas de uma mesma veia provoca sua dilatação e conseqüentemente estase sangüínea, tal fato é conhecido com o nome de varizes.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
A respiração consiste na absorção pelo organismo de oxigênio e a eliminação do gás carbônico resultante de oxidações celulares.
Didática e funcionalmente o sistema respiratório está dividido em duas partes:
porção de condução
porção de respiração
À primeira porção pertencem os órgãos tubulares cuja função é levar o ar inspirado até a porção respiratória, representada pelos pulmões, e destes conduzir o ar expirado, eliminando o CO2. Assim dos pulmões o ar é expirado e conduzido pelos brônquios traquéia, órgãos que realmente funcionam como tubos condutores de ar. Acima destes, entretanto situam-se a laringe, a faringe e o nariz que não são apenas condutores aeríferos. Assim a laringe é também um órgão responsável pela fonação, a faringe está relacionada com o sistema digestivo; parte dela servindo de tubo condutor de alimento; e o nariz apresenta porções que cumprem função olfatória.
Nariz:
- nariz externo: é visível externamente no plano mediano da face, apresentando-se no homem, como uma pirâmide triangular em que a extremidade superior corresponde ao vértice da pirâmide e é denominado raiz, e a inferior base. Nesta encontra-se as duas aberturas em fendas, as narinas, separadas por um septo e que comunicam o meio externo com a cavidade nasal. O ponto mais projetado anteriormente, da base do nariz recebe o nome de ápice e entre ele e a raiz estende-se o dorso do nariz. O esqueleto do nariz é osteo-cartilagíneo.
- cavidade nasal : comunica-se com o meio externo através das narinas, situadas anteriormente, e com a porção nasal posteriormente através das coanas. Na verdade, as coanas marcam o limite entre a cavidade nasal e a porção nasal da faringe.
A cavidade nasal é dividida em direita e esquerda pelo septo nasal.
O septo nasal apresenta-se quase sempre desviado para direita ou para esquerda e grandes desvios podem dificultar a respiração.
Está constituído por partes cartilaginosa (cartilagem do septo nasal) e óssea (lâmina apendicular do osso vômer).
A partir do osso etmóide encontra-se as conchas e meatos nasais. As conchas nasais existem para aumentar a superfície da mucosa da cavidade nasal pois é esta superfície mucosa que umedece e aquece o ar inspirado.
A cavidade nasal pode ser dividida em vestíbulo, região respiratória e região olfatória. O vestíbulo segue-se imediatamente às narinas, compreendendo uma pequena dilatação revestida de pele apresentando pelos. Ao vestíbulo segue-se as regiões respiratórias e olfatoria recobertas por mucosa. A região olfatória é bastante reduzida no homem, restringindo-se a conha superior e 1/3 superior do septo nasal. Desta região partem as fibras nervosas que em conjunto, constituem o nervo olfatório e que atravessam as aberturas da lâmina crivosa do osso etmóide.
Convém ressaltar que a mucosa da cavidade nasal é extremamente vascularizada, particularmente na porção anterior do septo nasal que freqüentemente é sede de hemorragias nasais (epistaxe).
- seios paranasais:
Alguns ossos do crânio entre eles o frontal, a maxilar, o esfenóide e o etmóide, apresentam cavidades denominadas seios paranasais cujas funções são obscuras embora muitas teorias tenham sido propostas para esclarecê-las.
As paredes ósseas que separam os seios paranasais das cavidades assinaladas são muito finas, podendo ser rompidas em processos patológicos.
Faringe
É um tubo muscular associado a dois sistemas : respiratório e digestivo, situando-se posteriormente à cavidade nasal, bucal e à laringe, reconhecendo-se nela, por esta razão, três partes: parte nasal, superior que se comunica com a cavidade nasal através das coanas; parte bucal, média comunicando-se com a cavidade bucal propriamente dita por uma abertura denominada istmo da garganta; parte laríngica, inferior situada posteriormente pelo esôfago. Não existe limites precisos entre as três partes da faringe, trata-se de um canal que é comum à passagem do alimento ingerido e do ar inspirado.
Laringe
É um órgão tubular, situado no plano mediano e anterior do pescoço que além da via aerífera é órgão de fonação, ou seja, de produção de som. Coloca-se anteriormente à faringe e é continuada diretamente pela traquéia.
- esqueleto da laringe: é formada por cartilagem e a maior delas é a tireóide, também de grande importância encontramos a cartilagem cricóide, a aritenóide e a epiglótica.
- cavidade da laringe: quando se observa em corte sagital, o que chama a atenção de imediato é a presença de uma fenda antero-posterior que leva a uma pequena invaginação, o ventrículo da laringe. Esta fenda está delimitada por duas pregas: uma superior a prega vestibular e outra inferior a prega vocal. As pregas vocais são constituídas pelo ligamento e músculos vocais, revestidos por mucosa, e o espaço existente entre elas é denominado rima glótica. Para que se produza o som laríngeo, ao nível das pregas vocais, a laringe possui numerosos músculos, denominados músculos intrínsecos da laringe que podem aduzir ou abduzir as pregas vocais que interfere na tonalidade do som produzido.
Traquéia e brônquios
A laringe segue-se à traquéia, estrutura cilindróide constituída por uma serie de anéis cartilagíneos incompletos, em forma de C, sobrepostos e ligados entre si pelos ligamentos anulares. A parede posterior, desprovida de cartilagem, constituem a parede membranácea da traquéia que apresenta musculatura lisa o músculo traqueal. A cartilagem proporciona rigidez suficiente para evitar que entre em colapso. A traquéia tem um ligeiro desvio para direita próximo a sua extremidade inferior,m antes de dividir-se em dois brônquios principais , D e E, que apresentam estruturas semelhantes à da traquéia e são também denominados brônquios de primeira ordem. Cada brônquio principal da origem aos brônquios lobares ou de segunda ordem, que ventilam os lobos pulmonares. Estes dividem-se em brônquios segmentares ou de terceira ordem, que vão ter aos segmentares sofrem ainda sucessivas divisões antes de terminarem nos alvéolos pulmonares.
Pleura e pulmão
Os pulmões direito e esquerdo, são órgãos principais da respiração e estão contidos na cavidade torácica. Cada pulmão esta envolto por um saco seroso completamente fechado, a pleura, que apresenta dois folhetos: a flora pulmonar que reveste a superfície do pulmão e matem continuidade com a pleura parietal que recebe a face interna da parede do tórax. Entre as pleuras há um espaço virtual, a cavidade da pleura, contendo uma película de líquido de espessura capilar que permite o livre deslizamento de um folheto sobre outro nas constantes variações de volume dos pulmões .
Os pulmões são órgãos em forma cônica apresentando um ápice (superior), uma base e duas faces: costal (em relação com as costelas) e medial (voltadas para o mediastino). A base descansa sobre o mediastino, e temos aí a face diafragmática. Os pulmões dividem-se em lobos cujo numero é de 3 para o direito e 2 para o esquerdo. No homem os lobos do pulmão direito: superior, médio e inferior, são separados entre si por fendas profundas, as fissuras obliquas e horizontal. Já o pulmão esquerdo com seus dois lobos superior e inferior apresenta apenas a fissura obliqua.
Na sua face medial cada pulmão apresenta uma fenda em forma de raquete, o hilo do pulmão, pelo qual entram ou saem brônquios, vasos e nervos pulmonares, constituindo a raiz do pulmão.
SISTEMA DIGESTÓRIO
Para que o organismo se mantenham vivo e funcionante é necessário que ele receba um suprimento constante de material nutritivo. Muitos dos alimentos ingeridos precisam ser tornado solúveis e sofrer modificações químicas para que sejam absorvidos e assimilados, nisto consistindo a digestão. Assim sua funções são as de preensão dos alimentos e a expulsão dos resíduos.
Divisão do sistema digestivo
Reconhecemos no sistema digestivo um canal alimentar e órgãos anexos.
O canal alimentar inicia-se na cavidade bucal, continuando-se na faringe, esôfago, estomago, intestinos (delgado e grosso) para termina no reto, que se abre no meio externo através do anus. Entre os órgãos anexos incluem-se as glândulas salivares, o fígado e o pâncreas.
Boca
É limitada pelos lábios, a rima bucal e posteriormente coma parte bucal da faringe, lateralmente pelas bochechas, superiormente pelo palato e inferiormente por músculos que constituem ao assoalho da boca. Nesta cavidade fazem saliência as gengivas, os dentes e a língua.
Palato
O teto da cavidade bucal está constituída pelo palato e neste reconhecemos o palato duro anterior e ósseo e o palato mole posterior e muscular. O palato separa a cavidade nasal da cavidade bucal. Do palato mole, no plano mediano projeta-se uma saliência cônica, a úvula e posteriormente duas pregas denominadas arco palatoglosso (mais anterior) e arco palatofaríngeo, e entre os arcos há uma fossa tonsilas onde fica a tonsila palatina.
Língua
É um órgão muscular revestido por mucosa e que exerce importantes funções na mastigação, na deglutição, como órgão gustativo e na articulação da palavra. O dorso da língua possui o sulco terminal e as papilas linguais onde a maior delas são as papilas valadas.
Dentes
Implantados em cavidades da maxila e da mandíbula, denominados alvéolos dentários. No homem adulto há 32 dentes, sendo 8 incisivos, 4 caninos, 8 pré-molares e 12 molares. A dentição primaria "de elite" com 20 dentes tem inicio a partir dos 6 meses de idade.
Glândulas salivares
São responsáveis pela secreção de saliva e apesar de numerosas, só nos interessam as chamadas extraparietais que compreendem 3 pares de glândulas: parótidas, submandibulares e sublinguais.
- glândula parótida: localizada lateralmente na face e anteriormente ao pavilhão do ouvido. Seu canal excretor, o ducto parotídico, abre-se no vestíbulo da boca ao nível do 2º molar superior. O seu processo infeccioso (parotidite) é conhecido com o nome de caxumba.
- glândula submandibular: localiza-se inferiormente à parte mais inferior da parótida, protegida pelo corpo da mandíbula. O ducto submandibular.
- glândula sublingual: é a menor das três, situando-se lateral e inferiormente a língua sob a mucosa que reveste o assoalho da boca.
Faringe
A musculatura da faringe é estriada na deglutição o palato mole é elevado bloqueando a continuidade entre a parte nasal da faringe e o restante desse tubo muscular. Desse modo o alimento é impedido de passar à nasofaringe e , eventualmente de penetrar na cavidade nasal. Por outro lado a cartilagem epiglótica fecha a adito da laringe, evitando que o alimento penetre no trato respiratório.
Esôfago
É um tubo muscular que continua a laringe e é continuado pelo estômago. No tórax o esôfago situa-se ventralmente à coluna vertebral e dorsalmente à traquéias. Para empurrar o bolo alimentar ele realiza movimentos peristálticos.
Estômago
É uma continuidade do esôfago logo abaixo do diafragma com sua maior porção à esquerda do plano mediano. Apresenta dois orifícios: um proximal de comunicação com o esôfago o óstio cárdico, e outro distal, óstio pilórico, que se comunica com a porção inicial do intestino delgado o duodeno, estes óstios formam um mecanismo de abertura e fechamento para regular entrada e saída de alimentos formado pelo piloro e pela cárdia. Descrevem-se no estômago as seguintes partes: parte cárdica, fundo, corpo, parte pilórica.
Intestino delgado
Subdivide-se em três segmentos: duodeno, jejuno e íleo.
No duodeno desembocam os ductos colédoco (que traz a bile) e pancreático (que traz a secreção pancreática).
O jejuno por não ter limite nítido com íleo pode ser descrito em conjunto como jejuno-ileo é a porção móvel do intestino delgado terminando no inicio do intestino grosso onde se abre pelo ostio-ileo-cecal.
Intestino grosso
É a porção terminal do canal alimentar sendo mais calibroso e mais curto que o intestino delgado e é subdividido da seguinte forma: cécum, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide, reto.
Fígado
É o mais volumoso órgão da anatomia, localizando-se imediatamente abaixo do diafragma e a direita, embora uma pequena porção ocupe também a metade esquerda do abdome. Trata-se de uma glândula que interfere no metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas, seja secretando a bile e participando dos mecanismos de esfera. Duas faces são descritas no órgão: diafragmática e visceral. Nesta face distinguem-se quatro lobos: direito, esquerdo, quadrado e caudado.
Entre o lobo direito e o lobo quadrado se situa a vesícula biliar.
Pâncreas
Depois do fígado é a glândula anexa mais volumosa do sistema digestivo. Situa-se posteriormente ao estomago, em posição retroperitoneal, estando portanto fixada a parede abdominal posterior, possui cabeça, corpo e cauda. É uma glândula endócrina e exócrina. A secreção endócrina é a insulina e a exócrina o suco pancreático que é liberado no duodeno.

ANATOMIA HUMANA

Intrudução a Anatomia


Conceito: anatomia é a ciência que estuda macro ou microcospicamente formas e estruturas do corpo humano.

Divisão: – sistêmica (descritiva): relata de forma geral.
– topográfica (regional): descreve uma região.
Divisão do corpo humano:
cabeça – crânio (neurocranio)
– face (viscerocrâneo)
pescoço
 
– tórax
tronco – abdômen
– pelve
superiores (D e E) – raiz: cintura escapular
– móvel: braço, antebraço, mão
membros
inferiores (D e E) – raiz: cintura pélvica
– móvel: coxa, perna, pé
 
Terminologia Anatômica
É o conjunto de termos empregados para indicar e descrever as partes do corpo humano.
Princípios:
1º A língua oficial é o latim (traduzida para o vernáculo de cada país).
2º Os termos devem ser breves e simples.
3º Os termos devem ser informativos e descritivos.
4º Deve-se evitar o uso de epônimos.
5º Em relação as abreviaturas:
artéria: a veia: v nervo: n
artérias: aa veias: vv nervos: nn
fascículo: fasc. músculo: m glândula: gl
ligamentos: ligg músculos: mm glândulas: gls
ramo: r
ramos: rr
6º Termos relacionados topograficamente devem ser empregados com o mesmo adjetivo. Ex.: Região da coxa: região femoral.
Divisão Anatômica
Posição anatômica: bípede, ortostática, face voltada para frente, olhar para o horizonte, pés unidos, membros superiores ao longo do corpo com palmas das mãos voltadas para frente.
Planos de delimitação do corpo humano (C.H.)
Plano ventral (anterior)
Plano dorsal (posterior)
Planos laterais (D e E)
Plano superior (cranial)
Plano inferior (podálico)
Plano de secção do c. h. :
– Plano sagital mediano
– Plano frontal
– Plano Transversal.
Eixos do c. h. :
– eixo sagital; Antero-posterior
– eixo longitudinal, crânio-caudal
– eixo transversal, latero-lateral.
Planos de construção do c. h. :
– artimeria: o plano mediano divide o corpo humano em duas metades D e E, que são os artímeros e são semelhantes = simetria bilateral.
– metameria: superposição no sentido longitudinal de segmentos semelhantes, cada segmento corresponde a um metâmero. Ex.: coluna, costelas.
– Paquimeria: é o princípio segundo o qual o segmento axial do corpo do individuo é constituído esquematicamente por dois tubos. Os tubos denominados paquímeros são respectivamente ventral e dorsal.
– Estratificação: o corpo humano é constituído por camadas (estratos) que se superpõem. Ex.: a pele é a camada mais superficial, vindo a seguir a tela subcutânea, a fáscia muscular, os músculos, os ossos.
A estratimeria ocorre também nos órgãos ocos como o estômago.
Termos de posição e direção do c. h. :
– Proximal: quando a estrutura está próximo ou voltada para a raiz.
– Distal: é quando a estrutura está distante da raiz.
– Lateral: a estrutura está mais próxima do plano lateral.
– Medial: quando a estrutura estiver voltada próxima ao plano sagital mediano.
– Intermédio: a estrutura que fica em meio a outras duas uma sendo medial e outra sendo lateral.
– médio: indica a estrutura que pode estar entre:
ventral (anterior) e dorsal (posterior)
cranial (superior) e caudal (inferior)
interna e externa
proximal e distal
Conceitos
normal: é normal o que é mais freqüente, na forma ou estrutura de uma população estudada.
variação anatômica: qualquer variação nas formas anatômicas que não prejudicam a função. Ex.: raça, sexo, idade, biótipo.
anomalia: mudança corpórea com prejuízo de função.
Monstruosidade: alterações de formas e de estruturas muito severas e há uma incompatibilidade (teoricamente) com a vida.
Generalidades sobre os ossos
Funções do esqueleto: proteção (para os órgãos internos como coração, pulmão, cérebro); sustentação e conformação do corpo; local de armazenamento de cálcio; sistema de alavancas que movimentadas pelos músculos permitem o deslocamento do corpo no todo ou em parte e finalmente local de produção de algumas substâncias do sangue como hemácias.
Divisão do esqueleto:
axial (ossos da cabeça, pescoço, tronco)
apendicular (membros superiores e inferiores)
A união entre essas duas porções se faz por meio das cinturas: escapular (escápula e clavícula) e pélvica (ossos do quadril).
Numero de ossos
Normalmente é 206, todavia, varia se levarmos em consideração os seguintes fatores:
fatores etários
fatores individuais
critérios de contagem
Classificação dos ossos
Osso longo: comprimento maior que a largura e espessura. Ex.: fêmur, úmero, ulna, vadio.
Osso curto: equivalência das três dimensões. Ex.: ossos do corpo e do tarso.
Osso laminar: plano, comprimento e largura equivalente, predominando sobre a espessura. Ex.: ossos do crânio como parietal, frontal, occipital, escápula, osso do quadril.
Osso irregular: apresenta uma morfologia complexa que não encontra correspondência em formas geométricas conhecidas. Ex.: vértebras, osso temporal.
Osso pneumático: apresenta uma ou mais cavidades, de volumes variável revestidas de mucosa e contendo ar. Essas cavidades recebem o nome de sinus ou seio. Os ossos pneumáticos estão situados no crânio. Ex.: frontal, temporal, maxilar, etmóide e esfenóide.
Ossos sesamoídes: desenvolvem-se na substancia de certos tendões ou da cápsula fibrosa que envolve certas articulações. Os primeiros são os chamados intratendíneos e os segundos peri-articulares. A patela é um exemplo típico de osso sesamóide intratendíneo.
SUTURAS
Os ossos unem-se uns aos outros para constituir o esqueleto. Esta união não tem a finalidade exclusiva de colocar os ossos em contato, mas também a de permitir mobilidade. Para designar a conexão existente entre quaisquer partes rígidas do esqueleto, quer sejam ossos quer sejam cartilagem, empregamos os termos junturais ou articulação.
Classificação
As articulações possuem certos aspectos estruturais e funcionais em comum que permitem classificá-las em três grandes grupos: fibrosas, cartilaginosas e sinoviais. O critério para essa divisão é a natureza do elemento que se interpõe às peças que se articulam.
Junturas fibrosas (imóveis = SINARTROSES)
É formada por tecido conjuntivo fibroso a grande maioria delas se encontra no crânio. É evidente que a mobilidade é extremamente reduzida, embora o tecido conjuntivo interposto confira uma certa elasticidade ao crânio. Há dois tipos de junturas fibrosas:
– suturas (pouca fibras): são encontradas entre os ossos do crânio.
– sindesmose (bastante fibras): a nomenclatura anatômica só registra um exemplo: sindesmose tíbio-fibular, se faz entre as extremidades da tíbia e da fíbula.
Junturas cartilaginosas (semi-móveis ANFIARTROSES)
O tecido que se interpõe é cartilaginoso.
– sincondroses: cartilagem hialina. Ex.: (esfeno-occipital (nascimento).
– sínfises: cartilagem com pouco de fibra = fibrocartilagem. Ex.: sínfese púbica (abre para passar feto)
Sinoviais (móveis = DIARTROSES)
Contém líquido sinovial, exige livre deslizamento das superfícies ósseas revestida por cartilagem hialina. A cartilagem é avascular e não possui inervação. Contém: cápsula articular, membrana fibrosa, membrana sinovial, ligamentos, discos e meniscos.
Principais movimentos realizados pelos segmentos do corpo
- movimentos angulares
- adução e abdução
- rotação
- circundução
- flexão e extensão
- pronação e supinação
Classificação funcional da junturas sinoviais:
As articulações podem realizar movimentos em um, dois ou três eixos.
– mono-axial: Ex.: cotovelo, flexão-extensão
– bi-axial: Ex.: radio-cárpica (punho), permite a flexão-extensão, adução-abducão.
– tri-axial: Ex.: ombro e quadril, permite a flexão-extensão, adução-abdução e rotação.
Classificação morfológica das junturas sinoviais:
– Plana: superfície plana permite perfeito deslizamento, permite pequeno movimento em qualquer direção. Ex.: articulação sacro-ilíaca.
– Gínglimo: fazem flexão e extensão sendo mono-axial. Ex.: cotovelo.
– Trocoide: superfícies articulares são segmentos de cilindro. Permitem rotação e seu eixo de movimento único é vertical, são mono-axiais. Ex.: radio-ulnar proximal responsável pelo movimento pronação e supinação do antebraço.
– Condilar: as superfícies articulares são elépticas permitem flexão-extensão, adução mas não rotação, são bi-axiais. Ex.: radio-cárpica (punho)
– Em sela: apresenta concavidade e convexidade. Ex.: carpo-metacárpica do polegar. Faz flexão-extensão, abção-abdução, rotação e circundução, porém é bi-axial porque o movimento rotação isolada não pode ser feita pelo polegar, só é realizada através da associação de movimentos.
– Esfenóide: superfícies que são segmentos de esferas e se encaixam em receptáculos ocos. Permite movimentos em 3 eixos, tri-axial. Ex.: ombro e quadril.
Sistema Muscular
A célula muscular está normalmente sobre o controle do sistema nervoso. Cada músculo possui o seu nervo motor e sua placa motora. O músculo pode ser voluntário se o impulso para contração resulta de um ato de vontade, ou involuntário se não comandamos a sua contração. Os músculos voluntários possuem estrias transversais por isso são chamados músculo estriado esquelético e os involuntários não possuem estrias por isso são chamados músculos lisos, são os músculos viscerais
– Músculo estriado esquelético:
Possui uma porção média chamada ventre muscular, é a parte ativa do músculo. As extremidades quando são cilindróides ou então tem formas de fita, chamam-se tendões; quando são laminares recebem o nome de aponeuroses e servem para prender o músculo ao osso, ou a cartilagem, cápsulas articulares, septos intermusculares, derme ou tendão de outro músculo.
Fascia muscular: é uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo e a espessura varia de músculo para músculo dependendo da sua função. Sua função é dar maior tração ao músculo no momento da contração e permitir o fácil deslizamento dos músculos entre si.
Origem e inserção
Por razoes didáticas convencionais chama-se de origem a extremidade do osso que não se desloca e inserção a extremidade do músculo presa a peça óssea que se desloca.
Classificação dos músculos
Quanto a forma do m. e o arranjo de suas fibras
A função do m. condiciona sua forma e o arranjo de suas fibras. Dê um modo geral um músculo tem suas fibras dispostas paralelas ou obliquas à direção de tração exercida pelo músculo.
a) Disposição paralela das fibras: pode ser encontrado em m. longos (Ex.: esternocleidomastoideo); em m. onde o comprimento e a largura se igualam = m. largos (ex.: glúteo máximo). Nos músculos largos as fibras podem convergir dando aspecto de lique (ex.: m. peitoral maior)
b) Disposição obliqua das fibras: músculos cujas fibras são obliquas em relação aos tendões denomina-se peniformes, que podem ser unipenados ou bipenados.
Quanto à origem: quando um músculo se origina por mais de um tenda, diz-se que apresenta mais de uma cabeça de origem. São classificados como músculos bíceps, tríceps ou quadríceps.
Quanto a inserção: do mesmo modo, os músculos podem inserir-se por mais de um tendão. Quando há dois tendões são bicandados, três ou mais policandados.
Quanto ao ventre muscular: alguns músculos apresentam mais de um ventre muscular, com tendões intermediários situados entre eles. São digastricos os músculos que apresentam número maior.
Quanto a ação: dependendo da cão principal resultante da contração do músculo, o mesmo pode ser classificado como flexor, extensor, adutor, abdutor, rotador medial, rotador lateral, pronador, supinador, flexos plantas, flexos dorsal, etc.
Classificação funcional
– agonista
– antagonista
– sinergista

DOENÇA

Definições claras e explicativas de algumas doenças

Enxaqueca

Cefaléia de causa desconhecida na qual ocorre constrições seguinda de dilatações das artérias da cabeça, caracterizanda por dor no meio do Crânio, intensa e pulsàtil, associada a problemas digestivos ( náuseas e vômitos ); agrava - se com a luz , barulho e atividade física e apresenta evolução crônica e paroxística.

DOENÇA

Definições claras e explicativas de algumas doenças

Epilepsia


Doença de caráter hereditário, conhecida desde remora antiguidade quando era conhecida como um castigo dos deuses, recebendo a denominação de mal sagrado e morbus sacer. A eplepsia se caracteriza por obnubilação da conciência, variável de um caso para outro, alterações motoras com perda do tônus muscular com provocando a queda do doente, convulções generalizadas.
Tal quadro constitui o ataque epilético este é caracterítico da forma denominada grande mal. Na ausência das convulsões , a forma chama-se pequeno mal.
No grande mal existe, geralmente, sinais prodrômicos variáveis de um doente para outro,como: por exemplo irritabilidade, apreensão, depressão, diaréia, presão de ventre, fome intensa, inapetência, insônia, sonolência, pequenas contrações musculares etc. Tais sinais surgem várias horas antes ou dias antes do acesso, diferenciando - se da aura, sensação que anuncia o ataque epilético poucos segundos antes de sua ocorrência. A crise epilética típica caracteriza-ze pela parte rápida das faculdades psíquicas seguida de queda do corpo; às vezes, o doente grita. Toda a musculatura entra em espasmo, determinando o fechamento da boca e provocando mordedura da língua. O tronco fica arqueado, os membros superiores flertidos, as mãos cerradas. O doente torna-se pálido ou mesmo cianótico, ocorre a parada da respiração. Depois, durante 2 a 5 minutos ocorre convulções, intensa salivação espumosa, restabelecendo - a respiração; às vezes há micção ou mesmo defecação. As crises podem ocorrer durante o dia ou à noite, às vezes passando despercebidas.
No pequeno mal não ocorrem as convulçoes, mas está presente a perda da conciência. Manifenta - se diversamente de um doente para outro e seus aspectos principais são: ausência, supressão súbita e transitória das funções psíquicas, com duração de alguns segundos: vertigem, ás vezes provocando queda; sincope epilética ( estado vertiginoso com perda da conciêncai ), queda e abalos musculares; mioclonia, contração muscular involuntária brusca, geralmente nos membros e no momento de adormecer; crises atônicas, perda do tônus muscular resultando em ataque apoplético ou ataque estático ( doente cai, levantando - se rapidamente sem ser auxiliado e tem conhecimento do que lhe aconteceu ), Além do grande e do pequeno mal, existem manifestações equivalentes enquadradas sob a denominação de psicomotora , caracterizada por três grupos de sintomas diversos; o promeiro compreende os estados confusionais e os episódios de amnésia ; segundo, impressões subjetivas, como vivência anterior de certos fatos, odores, sons, sabores inexistentes; o terceiro, atividades musculares anormal. O eletroencefalograma é um precioso auxiliar no diagnéstico da epilepsia.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Quadrix Gabarito

PROCESSO SELETIVO UNIFICADO Nº 01/2011 – CC/HMU/HE/PSC/HC
PROCESSO SELETIVO UNIFICADO no 01/2011
CENTRAL DE CONVÊNIOS /HOSPITAL MUNICIPAL UNIVERSITÁRIO /HOSPITAL DE ENSINO/PRONTO SOCORRO CENTRAL / HOSPITAL DE CLÍNICAS
GABARITO PRELIMINAR
CARGOS DE NÍVEL MÉDIO

Gabarito valido para os cargos 201 até 222 todos os gabaritosde todas as especialidades tem a mesma ordem de respostas. Um boa sorte a todos

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
A E C B D E D B C A A C C B E

16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
D E A E B C D A A C C B E A C

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45
A C D C D B E A E C B A D E C

46 47 48 49 50
E D C A B

domingo, 11 de dezembro de 2011

Quadrix Gabarito Preliminar Continuação

PROCESSO SELETIVO UNIFICADO no 01/2011
CENTRAL DE CONVÊNIOS /HOSPITAL MUNICIPAL UNIVERSITÁRIO /HOSPITAL DE ENSINO/PRONTO SOCORRO CENTRAL / HOSPITAL DE CLÍNICAS
GABARITO PRELIMINAR
CARGOS DE NÍVEL FUNDAMENTAL

Gabarito valido para os cargos 100 até 102 todos os gabaritosde todas as especialidades tem a mesma ordem de respostas. Um boa sorte a todos

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
D B A C E E D C B A E A A E A

16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
D E D C B D C E B B D C C A B

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
B A C D E A B D E B

Quadrix Gabarito Preliminar

PROCESSO SELETIVO UNIFICADO Nº 01/2011 – CC/HMU/HE/PSC/HC
PROCESSO SELETIVO UNIFICADO no 01/2011
CENTRAL DE CONVÊNIOS /HOSPITAL MUNICIPAL UNIVERSITÁRIO /HOSPITAL DE ENSINO/PRONTO SOCORRO CENTRAL / HOSPITAL DE CLÍNICAS
GABARITO PRELIMINAR
CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR
O Instituto Quadrix torna públicos os gabaritos preliminares dos cargos de nível superior das provas objetivas realizadas no dia 11 de
dezembro de 2011.
Gabarito valido para os cargos 300 até 440 todos os gabaritos
de todas as especialidades tem a mesma ordem de respostas.
Um boa sorte a todos


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
E B C A D E C B B A D A D B B

16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
A B E C C E C D D A B B A E C

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45
E D A B D C A C E B A C B D E

46 47 48 49 50
E B A B D

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

PATOLOGIAS OBSTÉTRICAS

Abortamento

Eliminação do produto da concepção antes de 22 semanas , é a 4 ° causa de morte materna em nosso país. A paciente apresenta sangramento de pequena, média apresenta sangramento de pequena, média ou grande intensidade. Pode ser classificado em: abortos infectados completo,incompletos e retido.

Gravidez ectópica

É a nidação do ovo fora da cavidade uterina geralmente na porção ampolar da trompa. Geralmente os processos infecciosos tubários têm grande importância nesta patologia, a gonocócicas, clamidias tem sua contribuição.Requer tratamento cirúrgico na maioria dos casos.

Mola hidaforme

A frenquência na mola hidatiforme e de 1 para casa 2000 gestação. A etiologia é desconhecida. As pacientes acometidas devem seguir um protocolo de tratamento. As gestantes apresentam um aumento uterino não com compatível com a idade gestacional. A auscuta fetal é negativa.

Placenta prévia

É a localização da placenta no segmento inferior da cavidade uterina. Para efeito de estudo Classificamos em 3 tipos: Total, Parcial e Marginal.
Caracteriza-se por apresentar sangramento sem dor e ocorre geralmente a partis da 22 semanas.

Descolamento prematuro da placenta

É a separação da placenta antes do nascimento do feto. A paciente apresenta sangramento vaginal seguido de dor intensa. Ocorre a partir da 22 semanas. É um quadro de urgência, pois vários fatores estão comprometidos. Pode levar a um quadro de coagulação intravascular disseminada.

Rotura uterina

Ocorre geralmente durante o trabalho e parto. A paciente apresenta contrações intensa e dor no hipogástrio. Depois há um período de acalmia, paralisação do trabalho de parto, seguido se hemorragia itensa levando ao choque hipovolêmico dependendo da extensão da rotura uterina.

Aminiorrexe prematura

Ocorre quando a rotura da bolsa amniótica se dá antes de instalado do trabalho de parto. As infecções ginecologicas contribuem para esta patologia obstétrica.

HORMÔNIOS DO AMOR

Ocitocina e Vasopresina

A ocitociana e a vasopresina são pequenas moléculas peptídicas secretadas para glândula, pituitária e também por certos neurônios no cérebro dos vertebrados. A vasopresina e a ocitocina e/ou seus percursores bioquímicos são substâncias atuantes em algums processos fisiológicos, tais como a liberação de leite ( ocitocina) e a regulação da água(vasopresina) são bem conhecidas, porém seusefeitos comportamentais eram um tanto misteriosos até muito recentemente, quando foi descoberto que eles possuíam um papel importante em acentuar os comportamentos reprodutivos e em facilitar a formação de pares e os comportamentos parentais nos vertebrados, desde os sapos até os humanos.
A ocitocina também é simultaneamente secretada por ambos parceiros durante o ato sexual e pode ser medida em suas correntes sanguineas. Esta produção paralela de ocitocina acentua o funcionamento sexual de mamíferos machos e fêmeas, e foi postulado que a ocitocina têm um papel na ereção humana, bem como no desejo e , que a liberação simultânea de ocitocina por parceiros sexuais está associada com um comportamentoassociativo, e não agressivo em ambos, o que por sua vez favorece a formação de pares de acasalamento entre pares sexuais monogâmicos.
A vasopresina parece ter um papel ativo no comportamento reprodutivo.Recentes evidências sugerem que a vasopressina pode promover um comportamento monogâmico e paternal em certas espécies monogâmicas. Além de promover a formação de um monogâmica e um compotamento "bravio de proteção" ou seja parece tornar os machos pais melhores, mais carinhosos e menos agressivos.
A ocitocina e a vasopresina foram apelidados de "hormônios do amor e da monogamia" na literatura popular, porém o significado desses peptídeos na sexualidade humana, nas relações amorosas e no comportamento parenteral ainda não foi bem definido cientificamente.E certamente possível que estes fascinantes peptídeos tenham um papel na promoção do amor monogâmico.
Pode-se ainda especular que a liberação simultânea de ocitocina por parceiros sexuais humanos, após a estimulação sexual e o orgasmo, seja responsável, pelo menos parcialmente, pelo brilho sensual e afetivo e pela deliciosa sensação de paz que se observa depois dos atos sexuais, especialmente os mais íntimos e apaixonados. A expressão facial e linguagem corporal de felicidade dos amantes saciados, que reflete este estado de flutuação e relaxamento após a relação.

DESEJO SEXUAL HUMANO E OS FEROMÔNIOS

Até muito rescenetemente, acreditava-se que os feromônios não tinham nenhuma participação na sensualidade humana.Porém, foram acumulados nova evidências sugerindo que os seres humanos poderiam ter retido alguma capacidade remanescente de responder a estes afrodisíacos aromáticos. Berling(1993) e seus colaboradores encontram clusters de pequenos receptores nas narinas humanas que respondiam ativamente a uma ampla variedade químicas indolos que são produzidos pela pele humana.Mais ainda homens e mulheres respondem à substâncias químicas diferentes.Berling relatou que, quando estes ditos feromônios são inalados, eles tem um efeito tranquilizante sutil no humor do indivíduo, e ele sugeriu que isto pode ter um papel nos vínculos humanos.
O significado destes espetaculares achados em termos de sensualidade humana ainda fica a ser desvendado. Contudo, enquanto o cheiro que emana da genitália do seu parceiro não torna o ser humano um maníaco sexual, como acontece com os elefantes e gatos machos com suas fêmeas no cio, o odor liberado pelos amantes pode ser excitante e prazeroso tanto para os homens quanto para as mulheres . De fato, alguns algumas pessoas dizem que o aroma de seus parceiros é repelente enquanto de outros é um atrativo.
Não seria de surprender que eventualmente se descobrisse que o odor é um elemento importante no desejo sexual humano e na escolha do parceiro, bem como nos transtornos de libido.

FEROMÔNIOS

A grande onda de hormônios sexuais que são sintetizadas e secretadas durante a fase estrogênica, fazem com que as células da genitália feminina produzam os feromônios. Os feromônios são substâncias químicas aromáticas que despertam o desejo sexual no macho.Estes afrodisíacos são extremamente potentes, como irá testemunhas qualquer pessoa que presenciou um bando de cachorros perseguindo uma fêmea no cio.
De fato, o poder dos feromônios como excitante sexual é tão grande que uma simples gota do feromônio da fêmea do mosquito é suficiente para atrair os mosquitos machos para a armadilha mortasi a milhas de distância . No entanto são específicos para espécie e não tem nenhum efeito estimulante demontrável no desejo sexual nos seres humanos.